terça-feira, 24 de novembro de 2009

Resenha

O uso de crack entre crianças e adolescentes

O uso de crack entre crianças e adolescentes tem aumentado de forma relevante nestes últimos anos. Devido ao seu baixo custo vem atingindo principalmente as crianças de classes sociais de baixa renda e moradoras de ruas. O site PFDC (Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão) publicou no dia 4 de outubro deste ano, uma reportagem do jornal O GLOBO, que afirma que entre meninos de ruas, 80% já fumaram crack. No Rio de Janeiro por exemplo, existem cerca de 750 crianças que vivem nas ruas e o que os levam a um uso precoce da droga. Desde 2005 o número de usuários só vem aumentando até o ano passado, de 13% para 69% , segundo o site. Outro dado importante é que houve um aumento de usuários pertencentes á classe média, uma droga antes estereotipada a pessoas pobres e moradores de ruas, vem também atingindo lares de outras classes sociais. Dados baseados em informações dos números de internações em clínicas especializadas mostram que cerca de 40% dos usuários são de classe média, afirma a psiquiatra Analice Gigliotti, presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead) e chefe do Setor de Dependência Química da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.
Além do aumento do consumo de crack entre crianças e adolescentes, aumentou também o uso desses jovens para o tráfico, colocando suas vidas em mais situações de riscos.
O uso de crack também está associado à exploração sexual de crianças de muitas maneiras, algumas assustadoras, Carlos Augusto, subsecretário de Proteção Especial da Secretaria de Assistência Social), disse já ter visto casos como o de um menino de 9 anos prostituído pelos traficantes, que andava travestido e é soropositivo. Também o caso de uma menina resgatada que tinha uma infecção vaginal em estado avançado.
A situação de vida dos menores envolvidos no tráfico e no consumo do crack é muito diferente daquela dos meninos e meninas que cheiravam cola e thinner nas ruas, alertou o subsecretário. "O crack é devastador, como bem definiu o secretário municipal de Assistência Social, Fernando William".
Diversas instituições demonstram preocupação, a este desenfreado crescimento do uso do crack. Ainda sobre a publicação do jornal O globo no site do PFDC, a prefeitura do Rio anunciou um dia antes desta publicação, um plano de ação contra o uso do crack juntamente com os secretários da saúde e da educação, anunciando a criação de três centros de atendimentos para o tratamento de crianças e adolescentes usuários do crack. Ainda no rio, estão sendo implementados projetos como o de Sandra, uma das organizadoras das Oficinas de Sensibilização para Práticas de Redução de Danos : "Ao invés de simplesmente recolher das ruas ou punir, vamos ajudar um usuário de crack a cuidar dos dentes, a fazer uma pipa e evitar o uso de latinhas que liberam substâncias tóxicas. O sucesso nestas pequenas iniciativas pode levar o usuário de crack a repensar a sua relação com o corpo, a valorizar o contato com pessoas de fora de seu círculo imediato, e eventualmente, pensar até em substituir o crack por uma droga mais leve", argumenta Sandra. Esses são alguns exemplos de iniciativas tomadas, para a recuperação de usuários adictos do crack que atinge crianças e jovens da maioria dos estados brasileiros.

Fonte:

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2009/11/03/entre-meninos-de-rua-80-ja-fumam-crack-914592776.asp
http://www.uniad.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2057:guerra-ao-crack-mobiliza-prefeitura-ongs-e-lideres-comunitarios-no-rio&catid=29:dependencia-quimica-noticias&Itemid=94
http://www.antonioviana.com.br/2009/site/ver_noticia.php?id=60931

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